Frase Simples e Frase Complexa-Apontamentos [PDF]

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A frase simples e a frase complexa 1. Frase simples e frase complexa A frase simples tem apenas um único verbo pertencente à classe dos verbos principais ou dos verbos copulativos. A frase complexa tem dois ou mais grupos verbais, ou seja, tem mais do que um verbo pertencente à classe dos verbos principais ou dos verbos copulativos. A frase complexa é constituída por duas ou mais orações ligadas entre si por conjunções, locuções coordenativas ou subordinativas ou separadas, na escrita, por sinais de pontuação – vírgula e ponto e vírgula. Quando as orações são ligadas por uma conjunção ou locução coordenativa, a oração recebe o nome do conetor que faz a articulação (conjunção ou locução coordenativa). Estas orações são independentes sintaticamente, apesar de ligadas entre si.



2. Orações coordenadas • orações coordenadas copulativas - as orações estabelecem uma relação de adição. Exs.: A Joana trouxe-me um caderno e a Rita deu-me um lápis. 0 Pedro não jogou nem tu apareceste. • orações coordenadas adversativas - as orações estabelecem uma relação de oposição. Ex.: A Ana queria jogar, mas a professora não deixou. • orações coordenadas disjuntivas - as orações estabelecem uma relação de alternância. Exs.: Ou lemos o livro ou vemos o filme. Fazemos o teste quer estudemos quer não estudemos. • orações coordenadas conclusivas - as orações estabelecem uma relação de consequência ou conclusão. Exs.: 0 Pedro está doente, logo não vai à escola. Ele não se curou, por conseguinte foi hospitalizado. • orações coordenadas explicativas - as orações apresentam uma explicação ou justificação. Exs.: 0 Rui está feliz, que estou a ver os seus olhos a brilhar. É preciso sorrir, pois o riso é uma terapia.



A professora, Maria de Lurdes Araújo da Silva



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A frase simples e a frase complexa As orações coordenadas quando introduzidas por uma conjunção ou locução coordenativa recebem o nome de sindéticas. Ex.: 0 Pedro estudou e eliminou as dúvidas. As orações coordenadas quando não são introduzidas por uma conjunção ou locução coordenativa recebem o nome de assindéticas. Ex.: 0 Pedro estudou, eliminou as dúvidas...



Conjunções e locuções conjuncionais coordenativas ▪ copulativas: e, nem, nem… nem, não só… mas(como) também ▪ adversativas: mas ▪ disjuntivas: ou, ou… ou, quer… quer, ora… ora, seja… seja ▪ conclusivas: logo ▪ explicativas: pois, porquanto



Observação: As palavras e expressões porém, todavia, contudo, no entanto (tradicionalmente consideradas conjunções e locuções adversativas) são agora classificadas como advérbios e locuções adverbiais conetivos. O mesmo acontece com portanto, por consequência, por conseguinte, por isso (tradicionalmente, conjunções e locuções conclusivas). O que os distingue? Estas palavras e expressões podem: a) ocupar outra posição na frase: Chove muito, portanto ficarei em casa. Chove muito, ficarei, portanto, em casa. Chove muito, ficarei em casa, portanto. b) co-ocorrer com conjunções: Ele tem tudo e, no entanto, é infeliz.



A professora, Maria de Lurdes Araújo da Silva



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A frase simples e a frase complexa 3. Orações subordinadas Quando as orações são introduzidas por uma conjunção ou locução subordinativa, a oração recebe o nome do conetor que faz a articulação (conjunção ou locução subordinativa). Estas orações podem ainda ser introduzidas por pronomes, advérbios, quantificadores relativos... As orações subordinadas são constituintes da frase e podem desempenhar a função sintática de sujeito, complemento ou modificador da frase, do grupo verbal ou do nome. Segundo o tipo de função sintática que desempenham, as orações subordinadas podem ser classificadas do seguinte modo: •Orações subordinadas substantivas - orações que desempenham a função sintática de sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo. Podem ser introduzidas pelas conjunções subordinativas completivas que, se e para * ,por pronomes relativos que, quem, pelo advérbio relativo onde e pelo quantificador relativo quanto. Ex.: A professora perguntou se a estávamos a perceber. ↓ oração subordinada substantiva



NOTA: * para pode ser preposição ou conjunção. Repare nesta diferença de funcionamento: - A Maria disse-me para fazer o trabalho, (conjunção)/A Maria disse-me isso. - A Maria convidou-me para fazer o trabalho, (preposição)/ A Maria convidou-me para isso.



As orações subordinadas substantivas podem ser completivas ou relativas. • Orações subordinadas substantivas completivas são orações introduzidas por uma conjunção subordinativa completiva - que, se ou por uma preposição. Estas orações podem desempenhar a função sintática de sujeito, de complemento direto e de complemento oblíquo. • Orações subordinadas substantivas relativas são orações introduzidas por pronomes relativos que, quem, pelo advérbio relativo onde e pelo quantificador relativo quanto.



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A frase simples e a frase complexa Estas orações podem desempenhar a função sintática de sujeito, de complemento direto, de complemento indireto, de complemento oblíquo e de modificador do grupo verbal. As orações subordinadas substantivas relativas podem ser finitas ou não finitas consoante o verbo se encontre numa forma verbal finita ou não finita. Exs.: Ele necessita de quem o ajude. - finita Consegue bons resultados quem estudar. - não finita



Orações subordinadas adjetivas - orações que desempenham a função sintática de modificador com valor equivalente ao de um grupo adjetival. As palavras que introduzem estas orações podem ser que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto e onde e referem-se sempre a um antecedente. Ex.: Os alunos que estudam têm bons resultados. ↓ oração subordinada adjetiva



As orações subordinadas adjetivas relativas, que desempenham a função sintática de modificador do nome antecedente, com valor equivalente ao de um adjetivo, podem ser restritivas ou explicativas. • Orações subordinadas adjetivas relativas restritivas - orações que limitam a extensão semântica do antecedente, isto é, restringem a dimensão do que é referenciado. Estas orações nunca são separadas por vírgulas. Ex.: As férias que passei na Madeira foram fantásticas. ↓ oração subordinada adjetiva relativa restritiva



Assim: oração subordinada porque está dependente do nome subordinante "férias". adjetiva porque "que passei" equivale a um grupo adjetival "passadas". relativa restritiva porque se restringe a determinadas férias, as que foram passadas "na Madeira".



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A frase simples e a frase complexa • Orações subordinadas adjetivas relativas explicativas - orações que não restringem o universo semântico do elemento subordinante. Estas orações, na escrita, estão sempre entre vírgulas. Ex.: Os livros, que ele escreveu, foram expostos. ↓ oração subordinada adjetiva relativa explicativa Assim: oração subordinada porque está dependente do nome subordinante "livros". adjetiva porque "que ele escreveu" equivale a um grupo adjetival "escritos". relativa explicativa porque não restringe o universo de referência do nome subordinante (isto é, não restringe o número de livros) e, na escrita, aparece entre vírgulas.



Nota: Algumas orações gerundivas são subordinadas adjetivas relativas, uma vez que desempenham a função de modificadores do nome. Ex.: As fichas, contendo todos os resultados, foram entregues. ↓ oração subordinada adjetiva gerundiva



• Orações subordinadas adverbiais - desempenham a função sintática de modificador de frase ou modificador de grupo verbal. Ex.: O filme começou quando ele ligou a televisão. ↓ oração subordinada adverbial As orações subordinadas adverbiais são as que desempenham a função sintática de modificadores da frase ou do grupo verbal. Estas orações podem ser causais, finais, temporais, concessivas, condicionais, comparativas e consecutivas. Podem subdividirse em finitas ou não finitas, conforme apresentem uma forma verbal finita ou uma forma verbal não finita: no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. As orações adverbiais finitas são sempre introduzidas por uma conjunção ou locução conjuncional.



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A frase simples e a frase complexa • Orações subordinadas adverbiais causais - estas orações que expressam a causa do que é relatado na oração subordinante podem ser introduzidas pelas seguintes conjunções ou locuções conjuncionais causais: porque, já que, visto que, pois que... Ex.: Fartei-me, porque ela dá sempre a mesma desculpa. ↓ oração subordinada causal



Ex.: Fartei-me, porque ela dá sempre a mesma desculpa. ↓ oração subordinada adverbial causal finita Ex.: Estou feliz por encontrar os meus amigos. ↓ oração subordinada adverbial causal não finita infinitiva Assim: oração subordinada porque está dependente da frase "Fartei-me" adverbial porque, à semelhança do grupo adverbial, funciona como modificador causal porque exprime a causa ou a razão do que é expresso anteriormente



• Orações subordinadas adverbiais finais - porque exprimem a intenção da realização do que está expresso na frase subordinante. Estas orações podem ser introduzidas pelas seguintes conjunções ou locuções finais: para que, a fim de, que...



Exs.: Eu vou ao ginásio para que não aumente de peso. ↓ oração subordinada adverbial final finita



Eu vou ao ginásio para não aumentar de peso. ↓ oração subordinada adverbial final não finita infinitiva



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A frase simples e a frase complexa Assim: orações subordinadas porque estão dependentes das frases subordinantes "Eu vou ao ginásio" adverbiais porque, à semelhança do grupo adverbial, funcionam como modificadores finais porque exprimem a intenção da realização do que está expresso na subordinante



• Orações subordinadas adverbiais temporais - estas orações podem ser introduzidas pelas seguintes conjunções ou locuções temporais: quando, enquanto, antes que, assim que, depois que, logo que, à medida que. Exs.: Quando recebo boas notícias, fico contente. ↓ oração subordinada adverbial temporal finita Assim: oração subordinada porque está dependente da frase subordinante "fico contente" adverbial porque, à semelhança do grupo adverbial, funciona como modificador temporal porque estabelece uma relação de tempo com a subordinante



Ex.: Recebendo notícias do meu irmão, ficarei contente. ↓ oração subordinada adverbial temporal não finita gerundiva • Orações subordinadas adverbiais concessivas - estas orações podem ser introduzidas pelas seguintes conjunções ou locuções concessivos: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que... Ex.: Por mais que se chame à atenção, não se emenda. ↓ oração subordinada adverbial concessiva finita



Assim: oração subordinada porque está dependente da frase subordinante "não se emenda" adverbial porque, à semelhança do grupo adverbial, funciona como modificador concessiva porque exprime uma ideia de concessão em relação à situação apresentada na frase subordinante



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A frase simples e a frase complexa



Ex.: Apesar de chamado à atenção, não se emenda. ↓ oração subordinada adverbial concessiva não finita participial



• Orações subordinadas adverbiais condicionais - estas orações podem ser introduzidas pelas seguintes conjunções ou locuções condicionais: se, no caso de, a menos que... Exs.: Se tivesses chegado cedo, ainda me encontravas. ↓ oração subordinada adverbial condicional finita Se ele chegar cedo, ainda me encontra. ↓ oração subordinada adverbial condicional não finita



Assim: orações subordinadas porque estão dependentes das frases subordinantes "ainda me encontravas" e "ainda me encontra" adverbiais porque, à semelhança do grupo adverbial, funcionam como modificadores condicionais porque exprimem a condição para que se verifique o que é expresso nas subordinantes



• Orações subordinadas adverbiais comparativas - estas orações podem ser introduzidas pelas seguintes conjunções ou locuções comparativas: mais do que, menos do que, tanto como... Ex.: Ele tem mais dificuldades do que eu. ↓ oração subordinada adverbial comparativa



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A frase simples e a frase complexa



Assim: oração subordinada porque está dependente do elemento subordinante "dificuldades". adverbial porque, à semelhança do grupo adverbial, funciona como modificador comparativa porque estabelece uma relação de comparação com o que é expresso pelo elemento subordinante.



• Orações subordinadas adverbiais consecutivas - estas orações são introduzidas pelo conector que antecedido de: tanto, tão, tal... integrado na oração subordinante. Ex.: Ele esforçou-se tanto que conseguiu triunfar. ↓ oração subordinada adverbial consecutiva Assim: oração subordinada porque está dependente do elemento subordinante "tanto" adverbial porque, à semelhança do grupo adverbial, funciona como modificador consecutiva porque refere uma consequência do que é expresso na frase subordinante.



Conjunções e locuções conjuncionais subordinativas temporais: quando, enquanto, apenas, mal, agora que, desde que, antes que, assim que, logo que, depois que, até que, sempre que, todas as vezes que, cada vez que, antes de*, depois de*…



causais: porque, como (= porque), que (= porque), por*, visto*, dado*, pois que, uma vez que, visto que, já que, dado que…



finais: que, para*, para que, a fim de*, a fim de que, de modo a que, de maneira a que… condicionais: se, caso, salvo se, contanto que, a não ser que, a menos que, desde que, exceto



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A frase simples e a frase complexa se, no caso de*…



comparativas: como, conforme, assim como… assim também, bem como, *mais/menos+… do que, *tão/tanto+… como…



concessivas: embora, conquanto, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo se, por mais que, apesar de*…



consecutivas: que, *de tal modo+… que, *de tal maneira+… que, *tão+… que, *tanto+… que completivas: que, se, para* Observações: a) As palavras assinaladas com asterisco introduzem sempre orações infinitivas, isto é, orações em que o verbo está no infinitivo. b) Algumas preposições e locuções prepositivas podem funcionar como conjunções.



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